PROFESSORA, SIM; TIA NÃO
PROFESSORA, SIM; TIA NÃO
Este livro foi idealizado a partir de cartas do
autor para os profissionais da educação.
“Cartas a quem ousa ensinar”.
Com estes escritos, Paulo Freire faz menção
sobre a valorização do profissional da educação. Para o autor é muito
importante o professor se colocar como professor e não aceitar a tão acostumada
palavra “tia”. Por que não tia?
Segundo Freire, tia é alguém muito próximo da
família, podendo ser um parente, vizinho ou um amigo.
A intenção do autor, não é diminuir o papel de
tia e sim, valorizar o professor.
Não podemos deixar de lado a importância do
esforço e dedicação de um professor que estudou, se preparou para estar em
frente a sala de aula.
Essa valorização do professor não significa que
a educação precisa ser tradicional “bancária” a qual o próprio autor desaprova
e afirma que o educador e educando precisam caminhar juntos. No entanto, se
trata do respeito ao profissional da educação.
A criança precisa aprender a diferenciar o
professor de uma tia, os vínculos afetivos permanecem, mas de forma diferente
entre professor/aluno. Sem a camuflagem da falsa ideologia que desqualifica os
professores como profissionais da educação.
O professor precisa ter a liberdade de apresentar
meios diversificados de aprendizagem para os alunos, uma tia, ficaria um pouco
distante dessa realidade. Busca se por um professor dinâmico que trabalha com leituras,
jogos, entre outros e não é possível enxergar o mundo de forma ampla ao ensinar
se a sua posição é apenas de uma “tia”.
Ainda em tempo, o autor faz certas observações
sobre a importância do professor saber exatamente onde se encontra, sobre a sua
escolha profissional. Foi por amor ou pelo simples fato de não ter outras
opções?
Até algum tempo atrás, algumas mulheres optavam pelo magistério sem pensar muito no futuro, mas como um meio de aguardar até o casamento e depois abandonar a profissão. Será que ainda hoje se aproxima disso nas decisões de algumas mulheres? Porque escolheu ser professora? Existe uma intensidade de responsabilidade e valores para com os seus alunos?
O professor não precisa sentir medo é natural a insegurança no primeiro dia de aula, mas com humildade e persistência em dar o seu melhor aos poucos vai adquirindo confiança.
Outro detalhe que o professor precisa se ater é a valorização da diferença cultural de seus alunos, respeitar a forma de comunicação de cada um.
Saber entrelaçar os contextos concreto e teórico, para facilitar a aprendizagem. Antes de ensinar, saber ouvir o que os seus alunos já sabem, só assim será possível uma troca de saberes.
Este livro evidência vários fatores sobre política educacional, iletrados entre outros.
Tem muito mais, mas é preciso ler o livro.
Cartas do autor que consta no livro:
Primeira carta:
Ensinar-aprender. Leitura do mundo-leitura da
palavra.
Segunda carta:
Não deixe que seu medo do difícil paralise
você.
Terceira carta:
De falar
ao educando a falar a ele e com ele; de ouvir o educando a ser ouvida por ele.
Quarta carta:
Identidade cultural e educação.
Quinta carta:
Contexto concreto-Contexto teórico.
Sexta carta:
Das virtudes ou qualidades indispensáveis ao
melhor desempenho de professoras e professores progressistas.
Sétima Carta:
Das relações entre as educadoras e os
educandos.
Oitava carta:
“Vim fazer o curso do magistério porque não
tive outra possibilidade”.
Nona carta:
Primeiro dia de aula.
Décima carta:
Mais uma vez a questão da disciplina.
Último texto:
Saber e crescer: tudo a ver.
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